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O modelo de negócios do Spotify, é denominado na indústria por modelo Freemium [1], sendo assim o Spotify têm duas fontes de rendimento principais, uma que oferece um serviço gratuito, que provém de publicidade existente na plataforma, e a segunda são subscrições pagas pelos utilizadores premium. O objetivo deste tipo de modelo é atrair utilizadores através da componente gratuita do serviço e posteriormente convertê-los em utilizadores Premium. O modelo de negócios usado neste caso (Premium) é denominado All You Can Eat [1], pois permite que os utilizadores tenham acesso a todas as funcionalidades da aplicação, sem publicidades, através do pagamento de uma mensalidade.

O Spotify tem três opções de Premium, sendo estas:

  • Um pacote Individual (mensalidade de 6,99€);

  • Um Pacote de Família, permitindo até seis contas associadas (mensalidade de 10,99€);

  • Um Pacote para Estudantes Universitários (mensalidade de 3,49€).
     

É de salientar que os utilizadores que não são Premium, apenas podem ouvir algumas músicas que são disponibilizadas diariamente, não podendo escolher uma música em concreto de um artista em concreto. Também, para estes utilizadores, apenas é permitido saltar até cinco músicas por hora. Os utilizadores Premium beneficiam de uma das maiores vantagens da aplicação que consiste em conseguir ouvir música em modo offline.

Assim, podemos concluir que existem duas fontes de rendimento para o Spotify, sendo estas: a publicidade (mostrada aos utilizados não Premium) e as subscrições pagas. São estas subscrições pagas que representam a maior contribuição para as contas da Empresa, embora haja mais utilizadores não pagantes do que Premium. Neste momento o Spotify tem cerca de 232 milhões de utilizadores do quais  108 são utilizadores Premium [2][3]. É possível observar nos gráficos seguintes que a evolução o “rate” de utilizadores com utilizadores Premium ao longo do tempo (dados entre 2015 e 2019).

 

 

Figure 1: Crescimento do Spotify (2017-2019)

 

Royalties

 

Um dos principais passivos do Spotify é o pagamento de royalties aos criadores de conteúdo e às editoras que os representam. Apesar de anteriormente, quando comparado com outras empresas de streaming de música, ser dos serviços que menos pagava aos artistas, o Spotify foi gradualmente aumentando esta valor, situando-se neste momento no sexto lugar dos que melhor pagam entre as 9 principais empresas de streaming de música, á frente de gigantes como a Amazon e o Youtube. No ano passado (2018), o serviço pagou cerca de 0.0038$ por “play”. No início deste ano, este valor foi aumentado para 0.00397$ [4]. É estimado que cerca de 70% das receitas sejam pagos aos titulares dos direitos, sendo depois estes a pagar aos artistas com base nos seus acordos individuais.

 

 

Figure 2. Spotify Royalties

 

Depois de muita contestação por parte dos artistas e de alguns chegarem mesmo a retirar as suas músicas da plataforma, por acharem não estar a ser pagos justamente, o Spotify criou uma nova funcionalidade na plataforma “Spotify for Artists” onde os artistas podem consultar as estatísticas das suas músicas e saber quais vão ser os lucros esperados das mesmas.  O Spotify anunciou também em abril de 2017 que os artistas poderão fazer lançamentos de álbuns exclusivamente disponíveis no serviço Premium por um período máximo de duas semanas [5].

Captura de ecrã 2019-12-11, às 01.05.04.
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